scolher o tratamento ideal para dores no joelho é uma decisão que deve ser feita com cuidado, informação e acompanhamento especializado. Hoje em dia, dois dos métodos mais buscados para aliviar o desconforto e melhorar a mobilidade são o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) e o ácido hialurônico. Cada um atua de forma diferente na articulação e oferece benefícios específicos, sendo importantes aliados no controle da dor, principalmente em casos de artrose e lesões de cartilagem.
Neste artigo, você vai entender como cada um funciona, para quem são indicados e como saber qual faz mais sentido para o seu caso.
O que é o PRP (Plasma Rico em Plaquetas)
O PRP é uma técnica da medicina regenerativa que utiliza o próprio sangue do paciente para potencializar a recuperação de tecidos lesionados. O procedimento é simples: uma pequena quantidade de sangue é coletada e passa por um processo de centrifugação, que separa as plaquetas do restante do plasma. O resultado é um concentrado rico em fatores de crescimento, que ajudam na cicatrização e regeneração de cartilagem, tendões e ligamentos.
Como é obtido o PRP
Todo o processo é feito em ambiente controlado, com equipamentos específicos para garantir a qualidade do material. Após a separação, o PRP é aplicado diretamente na articulação do joelho, atuando exatamente na área lesionada. Essa abordagem direcionada faz com que os fatores de crescimento cheguem diretamente ao ponto de inflamação ou desgaste, acelerando a reparação natural do corpo.
Fatores de crescimento e regeneração
Os fatores de crescimento presentes no PRP estimulam as células a se multiplicarem e se organizarem para reparar o tecido danificado. Por isso, o PRP não é apenas um anti-inflamatório pontual — ele promove uma resposta biológica de regeneração, tornando-se uma opção interessante para quem quer reduzir a dor e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do tecido articular.
O que é o ácido hialurônico
O ácido hialurônico é uma substância naturalmente produzida pelo nosso organismo. Ele está presente em diversas partes do corpo, mas é especialmente importante dentro das articulações, onde atua como um lubrificante e amortecedor, mantendo o movimento suave e evitando o atrito direto entre os ossos.
Quando há desgaste da cartilagem ou redução da produção natural dessa substância, é comum que o joelho comece a sofrer mais impacto, resultando em dor, inflamação e perda de mobilidade. Nesses casos, a infiltração com ácido hialurônico ajuda a restaurar parte dessa proteção perdida.
Função natural no corpo
Além de atuar como lubrificante, o ácido hialurônico também contribui para a hidratação e a nutrição da cartilagem, retardando o desgaste progressivo. Ele funciona como uma espécie de “gel amortecedor”, que diminui a pressão sobre a articulação durante os movimentos diários, como caminhar, subir escadas ou praticar exercícios leves.
Como age quando injetado na articulação
Quando aplicado diretamente no joelho, o ácido hialurônico reforça a camada protetora que envolve as extremidades ósseas. Essa aplicação oferece um alívio quase imediato da dor mecânica causada pelo atrito e melhora a mobilidade articular. É por isso que muitos pacientes relatam uma sensação de leveza e maior liberdade de movimento logo após a infiltração.
Indicações de uso para cada opção
Entender as diferenças entre o PRP e o ácido hialurônico é essencial para saber quando cada um faz mais sentido. Ambos são eficazes, mas têm objetivos e aplicações distintas, dependendo do grau de desgaste articular, do tipo de lesão e das expectativas do paciente.
Quando o PRP é mais recomendado
O PRP costuma ser indicado principalmente para pacientes com lesões em tendões, fissuras na cartilagem ou artrose em estágio inicial a moderado. Por ter ação regenerativa, ele não apenas alivia os sintomas, mas atua diretamente na recuperação do tecido, estimulando o corpo a se reparar. É uma boa escolha para quem busca um resultado mais duradouro e quer retardar a progressão do desgaste articular.
Além disso, o PRP também é bastante utilizado em pacientes mais jovens ou em pessoas fisicamente ativas que desejam voltar às atividades esportivas sem precisar recorrer a procedimentos mais invasivos.
Quando o ácido hialurônico é mais indicado
O ácido hialurônico, por sua vez, é muito procurado por pacientes com artrose leve a moderada que sentem dor mecânica ao movimentar o joelho. Ele é especialmente útil quando a cartilagem já apresenta desgaste que gera atrito entre os ossos. Por atuar como lubrificante e amortecedor, o ácido hialurônico melhora o deslizamento articular, diminui o impacto e proporciona alívio rápido.
Essa opção é ideal para quem quer melhorar a mobilidade e reduzir a rigidez articular de forma prática, com um efeito que costuma ser sentido já nos primeiros dias após a aplicação.
Possibilidade de combinação dos dois
Em alguns casos, o médico pode recomendar a combinação do PRP com o ácido hialurônico. Essa associação une o efeito regenerativo do PRP com a função mecânica de lubrificação do ácido hialurônico, potencializando o resultado. Essa estratégia pode ser indicada para pacientes com artrose mais avançada ou para quem deseja resultados mais completos, tanto em termos de reparo quanto de alívio imediato da dor.
Comparativo de eficácia e duração dos efeitos
Um dos pontos mais importantes na escolha entre PRP e ácido hialurônico é entender como cada um age no organismo, qual a durabilidade do efeito e o que esperar em termos de resultado a curto, médio e longo prazo.
Efeitos a curto, médio e longo prazo
O PRP tem como principal diferencial atuar biologicamente na regeneração do tecido lesionado. Por isso, o resultado não é necessariamente imediato: o alívio da dor e a melhora da mobilidade aparecem de forma progressiva, à medida que os fatores de crescimento estimulam o reparo da cartilagem ou do tendão. Em geral, os efeitos começam a ser notados nas semanas seguintes e podem durar de 6 a 12 meses ou até mais, dependendo da resposta individual do paciente e do grau da lesão.
Já o ácido hialurônico costuma oferecer um efeito mais rápido, já que sua principal função é reduzir o atrito na articulação e melhorar a lubrificação. Muitos pacientes relatam melhora da dor e da mobilidade logo nos primeiros dias após a aplicação. No entanto, o efeito tende a ter uma duração um pouco mais curta, variando de 4 a 6 meses em média. Após esse período, novas aplicações podem ser indicadas conforme a evolução do quadro.
O que esperar em termos de melhora
No geral, o PRP é uma excelente opção para quem quer não só controlar a dor, mas também tratar a causa do problema, favorecendo a regeneração do tecido articular ou tendíneo. Já o ácido hialurônico é mais indicado para quem busca uma solução rápida para aliviar os sintomas, principalmente a dor mecânica causada pelo desgaste da cartilagem.
Muitas vezes, os dois tratamentos são complementares: enquanto o PRP atua para reparar, o ácido hialurônico garante o conforto imediato e facilita a movimentação do joelho no dia a dia.
Benefícios e limitações de cada tratamento
Tanto o PRP quanto o ácido hialurônico são procedimentos seguros, minimamente invasivos e com excelentes resultados quando indicados de forma correta. No entanto, cada um apresenta vantagens específicas e algumas limitações que precisam ser consideradas na hora de decidir.
Vantagens do PRP
O grande diferencial do PRP é atuar na raiz do problema, estimulando o processo de regeneração do tecido lesionado. Isso faz dele uma opção muito interessante para quem deseja resultados mais duradouros e quer evitar ou adiar uma cirurgia no futuro. Por ser uma substância extraída do próprio sangue do paciente, o risco de rejeição ou reação alérgica é praticamente inexistente. Além disso, o PRP pode ser repetido em intervalos específicos, de acordo com a evolução clínica.
Vantagens do ácido hialurônico
O ácido hialurônico, por sua vez, é muito valorizado por oferecer alívio imediato e melhorar a mobilidade de forma rápida. Sua ação como lubrificante e amortecedor protege a articulação contra impactos, permitindo que o paciente retome atividades leves com mais conforto. É uma excelente opção para quem tem artrose leve a moderada e busca uma solução prática para controlar os sintomas, principalmente quando não é o momento de partir para uma abordagem mais invasiva.
Pontos de atenção em cada procedimento
Apesar dos benefícios, é importante lembrar que o PRP exige paciência: por ser um tratamento biológico, os resultados não aparecem da noite para o dia. Já o ácido hialurônico, embora tenha efeito rápido, não atua na regeneração, mas sim no alívio mecânico da dor, o que significa que pode ser necessário repetir o procedimento com certa frequência.
Outro ponto fundamental é que ambos os métodos devem ser feitos por um especialista experiente, em ambiente controlado, seguindo protocolos de segurança para evitar complicações e garantir o máximo de eficácia.
Como é feita a aplicação
Tanto o PRP quanto o ácido hialurônico são procedimentos realizados em consultório, de forma rápida, segura e com recuperação quase imediata. Apesar de serem diferentes em composição e finalidade, o passo a passo da aplicação é bastante semelhante.
Procedimento passo a passo
Primeiro, o médico realiza a limpeza e a assepsia da região para garantir total segurança. No caso do PRP, é feita a coleta de uma pequena quantidade de sangue do próprio paciente, que passa por um processo de centrifugação para separar e concentrar as plaquetas. Esse processo leva apenas alguns minutos. Já o ácido hialurônico vem pronto para uso, em seringas esterilizadas de aplicação única.
Com o material preparado, o médico posiciona o paciente de forma confortável e, quando necessário, utiliza guias de imagem, como o ultrassom, para aumentar a precisão da aplicação. A substância é então injetada diretamente dentro da articulação do joelho, no ponto exato que precisa de tratamento.
Anestesia local e ambiente controlado
Para garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento, é aplicada anestesia local na pele e nos tecidos ao redor da articulação. O procedimento é rápido, geralmente leva de 15 a 30 minutos, e o paciente é liberado logo em seguida para retomar as atividades leves do dia a dia.
Todo o processo deve ser realizado em ambiente limpo, com materiais de qualidade e pelas mãos de um especialista treinado, garantindo total segurança e resultados mais eficazes.
Critérios para definir o melhor tratamento
A escolha entre PRP e ácido hialurônico não deve ser feita apenas com base em preferências pessoais ou em indicações genéricas. Cada paciente tem características únicas que precisam ser consideradas para garantir o melhor resultado possível.
Avaliação médica personalizada
Tudo começa com uma consulta detalhada com um especialista em medicina intervencionista ou ortopedia. Durante a avaliação, o médico analisa o histórico de saúde, o nível de dor, o grau de comprometimento da articulação e o impacto das limitações no dia a dia do paciente. Essas informações são essenciais para definir o tratamento mais adequado.
Exames complementares
Além do exame físico, exames de imagem como radiografias, ultrassonografias e ressonâncias magnéticas são fundamentais para entender o estágio de desgaste da cartilagem, a presença de lesões nos tendões e outras alterações que podem interferir na escolha do procedimento. Em alguns casos, exames laboratoriais também podem ser solicitados para avaliar a saúde geral do paciente.
Perfil e expectativa do paciente
Outro ponto importante é considerar o estilo de vida e os objetivos do paciente. Por exemplo, uma pessoa mais jovem e fisicamente ativa pode se beneficiar mais do PRP, que ajuda a regenerar o tecido e prolongar a vida útil da articulação. Já alguém que busca alívio mais imediato da dor para retomar atividades diárias pode encontrar no ácido hialurônico uma solução prática e eficaz.
O mais importante é que a decisão seja feita em conjunto entre médico e paciente, com base em informações claras e expectativas realistas.
Considerações finais
Optar entre PRP ou ácido hialurônico para tratar dores no joelho é uma decisão que deve ser baseada em informações confiáveis, avaliação médica criteriosa e nos objetivos de cada paciente. Ambos os tratamentos são seguros, minimamente invasivos e apresentam bons resultados quando realizados por um profissional experiente.
Enquanto o PRP se destaca pela capacidade de estimular a regeneração dos tecidos e oferecer resultados mais duradouros, o ácido hialurônico é ideal para quem busca alívio rápido, com melhora imediata da lubrificação e redução do atrito na articulação. Em alguns casos, a combinação das duas técnicas pode ser a melhor estratégia, potencializando os benefícios de cada uma.
Mais do que aliviar a dor, esses tratamentos têm o objetivo de devolver qualidade de vida, autonomia e bem-estar, permitindo que o paciente volte a realizar suas atividades diárias com mais confiança e liberdade de movimento.
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